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Senado adia votação da PEC que acaba com reeleição para presidente, governadores e prefeitos

A matéria ainda não foi votada na CCJ porque os senadores que compõem a comissão discordam sobre quando a medida aria a valer.

Ricardo Lélis

26 de abril de 2025 às 17:44   - Atualizado às 17:46

Urna eletrônica.

Urna eletrônica. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Está em tramitação no Senado — mais especificamente, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) — uma proposta de emenda à Constituição que acaba com a possibilidade de reeleição para presidente, governador e prefeito: a PEC 12/2022. 

A matéria ainda não foi votada na CCJ porque os senadores que compõem a comissão discordam sobre quando a medida aria a valer. O texto deve voltar à pauta da CCJ em maio.

A PEC 12/2022 foi sugerida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Além de acabar com a reeleição para os Poderes Executivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a matéria fixa em cinco anos os mandatos para esses cargos. O texto recebeu um substitutivo do relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

O relator da proposta decidiu pelo adiamento da votação, o que motivou manifestações de apoio e pedidos de esclarecimento sobre as motivações da medida.

Kajuru destacou que o parecer de Castro é "irretocável" e rechaçou a especulação de que a retirada da pauta tenha sido motivada por pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Durante reunião realizada no Palácio do Planalto no ano ado, o presidente Lula apenas expressou opinião sobre o tema, sem exercer qualquer pressão contra a proposta", garantiu.

O senador também lembrou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu, em entrevista, que a reeleição foi um erro e que um mandato de cinco anos seria o ideal.

O parlamentar também citou o apoio de figuras políticas à proposta, como o ex-presidente José Sarney e o ex-senador Pedro Simon, além de editoriais da imprensa favoráveis.

O senador Otto Alencar reforçou que a PEC não prevê ampliação do mandato do atual presidente da República, mas sim a transição para a nova regra eleitoral a partir de 2030.

Ele criticou os recorrentes escândalos relacionados à reeleição e apontou que a realização de eleições em curtos intervalos compromete a estabilidade política e a produtividade do Legislativo.

"Entre 2024 e 2028 haverá três fundos eleitorais distintos que totalizam R$ 18 bilhões em gastos, o que poderia ser racionalizado com a unificação dos pleitos", ressaltou. 

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) também se manifestou para destacar a importância do debate e a postura equilibrada do relator. Segundo ele, a cada dois anos o país para, e os parlamentares não produzem.

"Isso repercute diretamente na população, porque o processo legislativo tem que acompanhar a velocidade dos acontecimentos. Infelizmente, o que temos presenciado é esse movimento letárgico, para não dizer uma inação do Congresso Nacional, e com isso eu também não compactuo", declarou.

Agência Senado

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