Haddad diz que "sofre bastante" como ministro da Fazenda

A declaração aconteceu nesta terça-feira (3), durante um evento em Brasília. Na ocasião, o petista também ponderou que sente "alegria" ao pensar em soluções.

Jameson Ramos

03 de junho de 2025 às 11:58 - Atualizado às 12:01

Ministro Fernando Haddad. Foto: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que "sofre bastante" no cargo, mas encontra "alegrias" ao pensar em soluções estruturais para as contas públicas.

"Eu sofro bastante, mas eu tenho essas alegrias de olhar uma brecha para encontrar soluções mais estruturadas. Para um cargo simples, no momento que o Brasil está vendendo. Não tem sido fácil para nenhum ministro da Fazenda. Mas eu gosto de olhar tudo, sobretudo se nós conseguimos chegar do outro lado da margem como um país mais organizado", afirmou o ministro em evento da revista piauí em Brasília nesta terça-feira, 3 de junho.

Haddad também disse que "nunca viu" um governo fazer ajustes nas contas públicas sem penalizar os mais pobres.

"Eu nunca vi um governo, e eu falo em nome da área econômica, eu nunca vi um governo se dispor a fazer um ajuste sem penalizar a população mais fragilizada. Isso não aconteceu no Brasil em períodos anteriores", afirmou o ministro.

Sobre a alternativa para a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) proposta pela Fazenda, o ministro disse que a condução pelos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) é a "melhor possível".

Haddad: 'Lula transmite confiança e equilíbrio emocional ao Brasil'

Revelação

Haddad diz que Brasil tem "caixa-preta" de R$ 800 bilhões em renúncias fiscais

Ele disse que Motta e Alcolumbre abriram a agenda de discussão para outras alternativas que interessam ao País.

IOF

O Congresso Nacional deu um prazo de 10 dias para o governo federal apresentar alguma alternativa ao decreto que elevou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que, segundo o governo, afetaria apenas as empresas e contribuintes mais ricos, e serviria para cumprir a meta fiscal.

Porém, as lideranças parlamentares alertaram ao governo sobre a possibilidade de derrubar a medida por meio de projetos de decreto legislativo (PDLs).

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que há uma insatisfação geral dos deputados com a proposta anunciada na semana ada.

“Combinamos que a equipe econômica tem 10 dias para apresentar um plano alternativo ao aumento do IOF. Algo que seja duradouro, consistente e que evite as gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação, prejudicando o país”, disse Motta em uma rede social.

Da redação do Portal com informações do Estadão conteúdo