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Prefeituras gastam milhões com shows gospel sem licitação; MP investiga possíveis irregularidades

Contratações de artistas evangélicos geram polêmica e atraem atenção do Ministério Público

Portal de Prefeitura

15 de maio de 2025 às 16:03   - Atualizado às 16:06

3° Festival Gospel em Fabriciano/MG

3° Festival Gospel em Fabriciano/MG Foto: Divulgação/ASCOM

Nos últimos anos, prefeituras de diversas cidades brasileiras têm investido valores milionários na contratação de artistas gospel para apresentações em eventos públicos. Os cachês pagos por essas apresentações frequentemente superam os R$ 200 mil, valores que, em muitos casos, são considerados elevados até mesmo quando comparados com atrações do segmento secular. Além disso, muitas dessas contratações são realizadas por meio de dispensa de licitação, o que tem gerado questionamentos e investigações por parte de órgãos de controle, como o Ministério Público.

Em levantamento realizado com base em portais da transparência, diários oficiais e documentos públicos dos anos de 2024 e 2025, observou-se que artistas renomados do meio gospel estão recebendo cachês que ultraam os R$ 200 mil por show. Por exemplo, a cantora Aline Barros recebeu R$ 250 mil para se apresentar em Santa Maria da Boa Vista (PE), enquanto Cassiane recebeu R$ 220 mil em Caruaru (PE). Outros artistas, como Maria Marçal, Bruna Karla e Thalles Roberto, também receberam valores elevados por suas apresentações.

Essas contratações, em sua maioria, são feitas por meio de dispensa de licitação, o que tem motivado investigações de órgãos de controle e denúncias do Ministério Público em alguns estados. Por exemplo, o Ministério Público do Maranhão questionou a Prefeitura de Zé Doca por substituir o carnaval por um festival gospel com gastos de R$ 605 mil. Além disso, em Minas Gerais, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) identificou que as prefeituras gastaram cerca de R$ 424 milhões com shows artísticos em 2024, um aumento de quase 40% em comparação com 2023.

Embora as prefeituras justifiquem esses gastos como investimentos culturais que movimentam o comércio local e atraem turistas, críticos apontam que os valores elevados e a falta de licitação podem configurar uso indevido de recursos públicos. O Ministério Público tem atuado para apurar possíveis irregularidades e garantir que os recursos sejam aplicados de forma transparente e em conformidade com a legislação vigente.

A situação levanta um debate sobre a necessidade de maior fiscalização e transparência na aplicação de recursos públicos em eventos culturais, especialmente quando envolvem grandes somas de dinheiro e a contratação de artistas renomados. A sociedade civil e os órgãos de controle desempenham um papel fundamental na garantia de que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente e em benefício da população.

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