Pernambuco, 15 de Junho de 2025

Descricao da imagem
Descrição da imagem

Ouça a Rádio Portal

Descricao da imagem

Moraes nega pedido de Cid para não ir aos próximos interrogatórios do 'núcleo crucial'

A defesa do tenente-coronel solicitou a dispensa alegando que, após prestar depoimento na segunda (9), "não tem nada a acrescentar ou esclarecer ao juízo".

Fernanda Diniz

10 de junho de 2025 às 14:39   - Atualizado às 15:09

Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro.

Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido da defesa de Mauro Cid para que o tenente-coronel fosse dispensado dos próximos interrogatórios dos réus que integram o "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A defesa do tenente-coronel solicitou a dispensa alegando que, após prestar depoimento nesta segunda-feira, 9, Cid "não tem nada a acrescentar ou esclarecer ao juízo".

Moraes entendeu que a presença de Cid nas próximas audiências será importante para o direito à ampla defesa do tenente-coronel "O direito do acusado em manifestar-se livremente e em ser ouvido no momento processual adequado é intrínseco à natureza do julgamento", afirmou o ministro na decisão.

O relator relembrou que, durante o depoimento, o réu pode recorrer ao direito ao silêncio, mas não, simplesmente, deixar de comparecer à audiência.

"Não é o réu que decidirá como será tomado seu depoimento, ou ainda, prévia e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais ou processuais".

Cid assinou um acordo de colaboração com a Justiça, a delação premiada, e foi o primeiro réu do "núcleo crucial" do golpe a depor. Nas próximas audiências, o tenente-coronel poderá, por meio de seu advogado, fazer perguntas aos próximos réus a serem interrogados.

O Supremo retoma os interrogatórios na manhã desta quarta-feira, 10, com a oitiva de Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. Na sequência, serão ouvidos Anderson Torres, Augusto Heleno e o ex-presidente Jair Bolsonaro. A audiência será encerrada às 20h.

Augusto Heleno fica em silêncio em depoimento a Moraes 

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), decidiu fazer uso do direito ao silêncio no interrogatório nesta terça-feira, 10, no Supremo Tribunal Federal (STF) e vai responder apenas às perguntas da própria defesa.

O ministro Alexandre de Moraes, que conduz a audiência, leu todos os questionamentos que haviam sido formulados para constar na ata da sessão.

Heleno seria questionado sobre o suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), órgão vinculado ao GSI, para produzir notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. Também seria perguntado sobre a agenda apreendida na casa dele, com anotações sobre fraudes na eleição.

O general seria cobrado a explicar as declarações que fez na reunião ministerial de 5 de julho de 2022.

Veja quem já foi ouvido nesta terça:

- Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;

Deputado Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

- Almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

Estadão Conteúdo 
 

Mais Lidas

Descrição da imagem

Recife

05:28, 15 Jun

Descrição da imagem

23

°c

Fonte: OpenWeather

Descrição da Imagem

Enquete

Quem é o principal responsável pela fraude dos aposentados do INSS?

Notícias Relacionadas

Gilson Machado
Situação

PF não tinha provas para pedir prisão de Gilson Machado, segundo decisão de Moraes

De acordo com advogado consultado pelo Blog de Ricardo Antunes, a Polícia Federal tinha apenas suspeitas de que o ex-ministro do Turismo planejava a fuga de Mauro Cid.

Julgamento de mulher que pichou estátua do STF.
Recusado

Mulher que pichou estátua do STF tem recurso negado pelo Supremo

Com essa decisão, Débora foi condenada a uma pena de 14 anos, sendo que deve cumprir 12 anos e meio em reclusão.

Lula e Gilmar Mendes
Decisão

Gilmar Mendes vota a favor dos decretos de controle de armas do governo Lula

Em março de 2023, o Gilmar Mendes já tinha suspendido todos os julgamentos relacionados aos decretos 11.366/2023 e 11.615/2023.

mais notícias

+

Newsletter