Léo Lins Foto: Reprodução/ Redes Sociais
O humorista Léo Lins foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por piadas consideradas preconceituosas feitas em um vídeo publicado no YouTube. A decisão é da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo e foi proferida no dia 30 de maio.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o vídeo em questão — publicado durante um show de stand-up — zombava de diversas minorias, incluindo negros, indígenas, idosos, pessoas com deficiência, LGBTQIA+, soropositivos, judeus, evangélicos, nordestinos e obesos.
Em entrevista à Gazeta do Povo, o advogado Lucas Giuberti, que defende o humorista ao lado de Carlos Eduardo Ramos, afirmou que a condenação “abre um amplo precedente para a censura e pode, na prática, acabar com a comédia stand-up no Brasil”.
“Esperamos reverter isso em segundo grau, mas é óbvio que uma eventual manutenção dessa sentença abriria um precedente de censura, fazendo com que humoristas pensem duas vezes antes de contar uma piada”, disse Giuberti à Gazeta do Povo.
O advogado também destacou o risco de se criminalizar piadas por seu conteúdo sensível:
“Porque, no contexto de uma piada, muitas vezes a situação abordada pode ser sensível para algumas pessoas. Então criminalizar a contação de piadas é muito grave. A gente está falando de censura disfarçada de Judiciário”, afirmou.
Segundo Giuberti, a defesa acreditava na absolvição do comediante devido ao contexto artístico das falas:
“A gente está falando de um humorista que conta piada em um palco. Ele não sai pelas ruas ofendendo ninguém. É um personagem em um palco contando uma história, que tem um enredo, que tem um cenário, que tem toda uma preparação. Então a gente entende que isso tem até um cunho político, porque não tem o mínimo cabimento”, concluiu.
Léo Lins, nome artístico de Leonardo de Lima Borges Lins, é um humorista, roteirista, escritor e ator nascido no Rio de Janeiro em 1982.
Ficou conhecido nacionalmente pelo humor ácido, com forte presença no stand-up comedy e por integrar o elenco do programa "The Noite" com Danilo Gentilli, no SBT, entre 2014 e 2022. Ao longo da carreira, acumulou polêmicas por piadas envolvendo temas que ofendem as minorias.
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O religioso repercutiu a matéria da revista, que mostrou supostas mensagens do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro confessando a farsa.
O texto é assinado pelo presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e pelos representantes de PL, PP, União Brasil, PT e PSD na Mesa Diretora.
O posicionamento de Clarissa e Júnior Tércio ocorre em meio à repercussão no meio político.
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