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Empresário usou laranjas em fraude no INSS e recebeu R$ 43 milhões de entidades, diz PF

Segundo a apuração, as cobranças eram feitas sem o consentimento dos beneficiários, supostamente em troca de serviços como planos de saúde e seguros.

Fernanda Diniz

24 de abril de 2025 às 18:45   - Atualizado às 18:50

Maurício Camisotti.

Maurício Camisotti. Foto: Arte/Portal de Prefeitura

A Polícia Federal (PF) identificou que um empresário do setor de seguros e planos de saúde recebeu, por meio de suas empresas, ao menos R$ 43 milhões de três entidades suspeitas de participar de um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias do INSS. O empresário em questão é Maurício Camisotti, um dos alvos da Operação Último Desconto, deflagrada nesta quarta-feira, 24 de abril.

Segundo a investigação, as cobranças eram feitas sem o consentimento dos beneficiários, supostamente em troca de serviços como planos de saúde e seguros. O caso foi revelado inicialmente pelo portal Metrópoles.

As entidades investigadas são: Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), a União dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Unsbras) e o Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), têm sede em escritórios comerciais em São Paulo e, juntas, movimentaram R$ 580 milhões apenas no último ano.

De acordo com a PF, os diretores estatutários dessas organizações eram, em muitos casos, funcionários ou parentes de executivos ligados ao grupo de empresas de Camisotti. A Ambec, uma das principais envolvidas no caso, foi responsável por rear R$ 30,1 milhões às empresas do empresário e teve seu acordo com o INSS suspenso por decisão judicial.

A investigação aponta que as associações ofereciam supostos benefícios coletivos aos aposentados, como seguros e planos de saúde, em troca de mensalidades que eram descontadas diretamente da folha de pagamento, sem autorização clara dos beneficiários. O caso segue sob apuração da Polícia Federal, que não descarta novos desdobramentos.

Operação da PF 

Policiais federais realizaram buscas e apreenderam documentos e objetos em endereços residenciais e comerciais de oito pessoas suspeitas de fraudar benefícios assistenciais que o Instituto Nacional do Seguro Social (Inss) paga a imigrantes venezuelanos que residem legalmente no Brasil.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (24), em duas cidades de Roraima - a capital, Boa Vista, e Pacaraima. Os nomes dos investigados não foram divulgados, mas, em nota, a Polícia Federal (PF) informou que há sete escritórios de advocacia e um delegado aposentado entre os alvos da Operação Cessatio.

Ainda segundo a PF, as investigações que fundamentaram a operação desta quinta-feira são um resultado do desmembramento de uma ação anterior, a Operação Ataktos, de outubro de 2024, para apurar denúncias de que venezuelanos que não residem no Brasil recebem, de forma fraudulenta, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou o Bolsa Família.

O BPC é um benefício assistencial que garante que pessoas a partir dos 65 anos de idade, e também as que têm alguma deficiência, independentemente de suas idades, recebam do INSS, mensalmente, o equivalente a um salário mínimo, atualmente R$ 1.518. O beneficiário, no entanto, deve provar que não tem condições financeiras de se manter. 

O Bolsa Família também é pago a pessoas de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) cuja renda de cada pessoa da família não ultrae R$ 218.

O principal foco da operação desta manhã são as fraudes do BPC. De acordo com a PF, parte dos investigados cooptavam idosos venezuelanos que não residiam no Brasil para que particiem do esquema. Os suspeitos também falsificavam documentos e fraudavam os cadastros públicos para garantir que os idosos venezuelanos recebessem o benefício assistencial, mesmo após retornarem a seu país de origem.

A pedido da PF, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados, totalizando cerca de R$ 16 milhões. Também aplicou medidas cautelares, como a suspensão de atividades econômicas.

Agência Brasil 

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