Lula no funeral de Pepe Mujica no Uruguai Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta quinta-feira, 15 de maio, do velório do ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica, em Montevidéu.
Lula estava em viagem oficial à China, chegou a Brasília nesta madrugada e, ainda nesta manhã, embarcou para a capital uruguaia.
Lula recebeu a notícia da morte de Mujica ainda na China e, em nota, exaltou a trajetória do amigo.
“Sua vida foi um exemplo de que a luta política e a doçura podem andar juntas. E de que a coragem e a força podem vir acompanhadas da humildade e do desapego", escreveu.
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, então, decretou luto oficial de três dias.
O ex-guerrilheiro e ícone da esquerda latino-americana morreu na terça-feira (13), aos 89 anos de idade. Ele tinha um diagnóstico de câncer de esôfago. O velório começou na quarta-feira (14), no Palácio Legislativo, e o funeral está previsto para esta tarde.
O último encontro de Lula com Mujica ocorreu no fim do ano ado, na chácara onde vivia o ex-presidente, nos arredores de Montevidéu.
Na ocasião, Lula condecorou Mujica com a Ordem do Cruzeiro do Sul, a maior honraria concedida pelo Estado brasileiro a cidadãos estrangeiros.
O presidente retorna a Brasília ainda nesta quinta-feira.
Nascido em 1935 em uma família de origem humilde, nos arredores de Montevidéu, Mujica entrou para política ao fundar o Movimento de Libertação Nacional Tupamaros, grupo guerrilheiro urbano que operou nos anos 1960 e 1970 e enfrentou a ditadura civil-militar no Uruguai (1973-1985).
Sua atividade no Tupamaro lhe custou cerca de 14 anos de prisão, tendo sido preso quatro vezes, ferido por seis tiros e escapado da prisão em duas ocasiões. A história da prisão de Mujica, torturado e jogado na solitária por longos anos, foi contada pelo longa-metragem Uma Noite de 12 Anos, dirigido pelo uruguaio Álvaro Brechner.
Em entrevista ao jornalista brasileiro Emir Sader, Mujica revelou que, para ar a solitária, teve que se relacionar com animais.
“Se você pegar uma formiga e colocá-la perto do ouvido, vai ouvi-la gritar. Isso eu aprendi no calabouço. [Também] guardava umas migalhas de pão porque havia uma ratazana que aparecia sempre lá”, contou.
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Com essa decisão, Débora foi condenada a uma pena de 14 anos, sendo que deve cumprir 12 anos e meio em reclusão.
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