Remédio Mounjaro para emagrecimento. Foto: Reprodução
Foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira, 9 de junho, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Mounjaro (tirzepatida) para o tratamento da obesidade.
Com a nova autorização, o medicamento poderá ser prescrito para pacientes com obesidade, desde que a condição esteja associada a pelo menos uma comorbidade, como hipertensão, diabetes ou dislipidemia.
Vendida no Brasil desde maio deste ano, a caneta de Mounjaro estava, até então, autorizada apenas para o tratamento do diabetes tipo 2. Agora, com a ampliação da indicação, o produto poderá ser comercializado também como opção terapêutica para o controle do peso.
O Mounjaro é considerado concorrente do Ozempic (semaglutida), outro medicamento inicialmente aprovado apenas para o tratamento do diabetes tipo 2, mas que ganhou popularidade nos últimos anos pelo seu efeito na perda de peso.
A tirzepatida age no controle da glicemia e do peso corporal. Segundo a fabricante, ela é a primeira medicação aprovada que atua simultaneamente nos receptores de dois hormônios envolvidos no controle do apetite, proporcionando maior eficácia na redução do peso.
Medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro vêm sendo considerados revolucionários no combate à obesidade e ao sobrepeso. À base de compostos como semaglutida e tirzepatida, essas substâncias imitam um hormônio natural do corpo, o GLP-1, que ajuda a controlar o apetite, promovendo perda de peso significativa. No entanto, um novo estudo acende um sinal de alerta para pacientes e profissionais de saúde: os resultados podem não ser permanentes.
Apresentada no Congresso Europeu sobre Obesidade em 2025, a pesquisa liderada pela Universidade de Oxford analisou 11 estudos envolvendo mais de 6 mil adultos que utilizaram medicamentos do tipo GLP-1. A principal constatação: sem uma estratégia de manutenção, o peso perdido retorna e rápido.
Durante o uso, os pacientes perderam, em média, 8 kg. Aqueles que chegaram a reduzir até 16 kg de seu peso inicial, após interromper o tratamento, recuperaram cerca de 9,6 kg em apenas 12 meses. Se o abandono do medicamento persistir, a tendência é que todo o peso volte em até 20 meses.
“Esses dados mostram que o uso dessas drogas deve ser pensado como um tratamento de longo prazo”, explica o endocrinologista britânico John Wilding, coautor do estudo.
“Parar abruptamente, sem mudanças estruturais no estilo de vida, pode levar a um efeito sanfona quase inevitável.”
Além do impacto físico, o retorno do peso traz consequências psicológicas. Muitos pacientes relatam frustração, ansiedade e até recaída em hábitos alimentares compulsivos após o reganho de peso.
Isso reforça a necessidade de um acompanhamento multidisciplinar, que inclua nutricionistas, psicólogos e atividade física regular.
Os especialistas são unânimes: os remédios à base de GLP-1 não são uma solução mágica. São ferramentas úteis, mas precisam estar integradas a um plano de saúde contínuo.
A obesidade é uma doença crônica e, como tal, requer tratamento consistente, não apenas farmacológico, mas também comportamental.
Enquanto os medicamentos seguem ajudando milhões de pessoas, a nova descoberta reforça um princípio já conhecido, mas muitas vezes negligenciado: não existe atalho quando se trata de saúde duradoura.
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