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Ressarcimento por fraudes no INSS pode chegar a R$ 4 bilhões, afirma ministro Wolney Queiroz

As indicações se deram após uma pergunta do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Fernanda Diniz

10 de junho de 2025 às 18:34   - Atualizado às 18:50

Ministro da Previdência, Wolney Queiroz Maciel.

Ministro da Previdência, Wolney Queiroz Maciel. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, estimou nesta terça-feira, 10, que o ressarcimento dos aposentados e pensionistas lesados pelas fraudes milionárias ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fique entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões, podendo chegar, no máximo a R$ 4 bilhões

"Mas é só uma expectativa, é melhor esperar os dados do aplicativo", ponderou o ministro, frisando que o número total das fraudes ao INSS e do valor total do ressarcimento depende diretamente das declarações, pelos aposentados e pensionistas, de que não reconhecem os descontos realizados em seus benefícios

As indicações se deram após uma pergunta do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), a quem Wolney chegou a agradecer pela postura "equilibrada, centrada e focada nos aposentados".

O ministro frisou que "poucas vezes" viu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, "tão indignado quanto" nas reuniões internas com relação às fraudes ao INSS.

Wolney concordou com Nikolas de que o ideal é que o dinheiro do ressarcimento dos fraudados parta dos fraudadores, para que "para que não seja a sociedade que seja dedicada a ressarcir esse dinheiro".

De outro lado, o ministro entoou a fala do deputado Pedro Campos (PSB-PE) no sentido de que, "entre a demora judicial para se buscar esse dinheiro, se identificar esse patrimônio, e trazer ele de volta, os aposentados não podem esperar".

"Acho que há um consenso quanto a isso. O que não pode é ficar no esquecimento. Essa é a determinação do presidente, ir atrás de dinheiro das associações fraudulentas, para ressarcir o governo, que vai ressarcir os aposentados", frisou.

Outras declarações do ministro

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, atualizou nesta terça-feira, 10 de junho, um bordão que usou em audiência no Senado Federal para frisar que as fraudes milionárias ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tiveram início no governo Jair Bolsonaro.

Diante de deputados, Wolney apontou que o cofre do Instituto foi "arrombado" entre 2019 e 2022 e que os desvios foram "estancados" pelo governo Lula.

As declarações foram feitas no período da tarde desta terça-feira, em uma audiência pública das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara.

Quando Wolney foi ao Senado para tratar das fraudes ao INSS, no mês ado, ele afirmou que "o ladrão entrou na casa". em referência ao Instituto, durante o governo Jair Bolsonaro.

"Foi no nosso governo, quer queiramos ou não, que a fraude foi estancada", repetiu ele, durante a audiência.

Buscas

O ministro da Previdência Social indicou que a Pasta e o INSS vão fazer uma busca ativa de aposentados e pensionistas lesados pelas fraudes milionárias desbaratadas na Operação Sem Desconto.

Essa busca deve atingir comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas.

A iniciativa, no entanto, só será lançada após serem esgotadas outras formas de atendimento, indicou o ministro.

"A Previdência Social tem barcos chamado Previ Barcos e tem carros chamado Previ Móveis. E esses carros, esses barcos vão fazer o atendimento, fazer uma busca ativa das pessoas. A gente não deflagrou esse o ainda, para evitar que haja novas fraudes, pessoas vistam o colete da Previdência Social, procurem as pessoas e seja uma nova fraude. Nós vamos primeiro esgotar o atendimento pelos Correios, pelo aplicativo, pelo 355", pontuou o ministro.

"Depois a gente vai procurar as comunidades ribeirinhas, as quilombolas, comunidades indígenas que não têm o à internet, energia elétrica, para fazer uma busca ativa desse contingente para que ninguém fique para trás. Lula pediu que não fique nenhum aposentado para trás", seguiu.

Consignado

Ele também rebateu perguntas sobre fraudes em consignados, indicando que há números "fantasiosos e fictícios" sobre o tema.

"O que existe na prática, é um sistema seguro dos consignados. Porém, existem 320 mil correspondentes bancários, chamados pastinhas, vendendo o crédito consignado no Brasil. Agora, esse tudo é feito com regulação do Banco Central, é feito com fiscalização do Banco Central, e é feito com lastro financeiro. Então não há hipótese do INSS ficar no prejuízo e do aposentado ficar no prejuízo", frisou.

Segundo Wolney, há um número decrescente de reclamações sobre o tema e a Pasta tem "apertado" a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) pelo reforço de critérios.

Na visão do ministro, as entidades têm interesse em diminuir o número do assédio aos aposentados. "Não existe esse escândalo dos créditos consignados", frisou.
 

Estadão Conteúdo 


 

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